quarta-feira, 24 de abril de 2013

Porque Deus nos Criou?

Deus Criou-nos por livre e desinteressado amor.

Quando uma pessoa ama, o seu coração transborda.
 Ela deseja partilhar a alegria com os outros. Nisso ela parece-se com seu Criador. Embora Deus seja um mistério, podemos pensá-lo de um modo humano e dizer: Ele criou-nos a partir do "excesso" do seu amor. Ele queria partilhar a Sua infinita alegria conosco, criatura do Seu amor.


Porque estamos no Mundo?

Estamos no mundo para conhecer e amar Deus, para fazer o bem segundo a Sua vontade e um dia ir para o céu.

Ser pessoa humana significa vir de Deus e ir para Deus. Nós vimos de mais longe que dos nossos pais. Nós vimos de Deus, do qual provém toda a felicidade do céu e da Terra, e somos esperados na Sua eterna e ilimitada bem-aventurança. Entretanto, vivemos neste mundo. De vez em quando, sentimos a proximidade do nosso Criador; frequentemente, não sentimos mesmo nada. Para encontrarmos o caminho para casa, Deus enviou-nos o Seu filho, que nos libertou do pecado, nos salvou de todo o mal e nos conduz infalivelmente é verdadeira Vida. Ele é << O Caminho, a verdade e a Vida >> (Jo 14, 6).


segunda-feira, 22 de abril de 2013

A missão do diabo é tentar... a do cristão é resistir

Da tentação posso tirar um bem. É um dom de DEUS que nos permite sermos avaliados na nossa fé no dia-a-dia. A tentação é como uma prova que o professor aplica aos alunos, se for um bom professor aplica provas difíceis, bem difíceis para testar se o aluno estudou, está preparado ou necessita de reforço.
Assim as tentações. Deus nos quer fortes, capazes de enfrentar as dificuldades do dia-a-dia. Somos cristãos capacitados a resistir ao mal e assumir a luta, somos chamados a ser sinais vivos no meio do mal, da fidelidade ao projeto de Deus. A fé não pode ser colocada nunca em discurssão.
O evangelista Mateus, no capítulo 4, nos apresenta as famosas tentações de Jesus. Estamos no inicio de sua pregação pública. Não há dúvida de que Jesus percebia que o caminho que se abria á sua frente era a vontade do pai, que Ele desejava cumprir.

Estas palavras no questionam profundamente, nos fazem compreender que o deserto não é uma opção livre para quem quer de Deus, mas sim um caminho obrigatório. Não se vai ao deserto junto com os outros, como povo e multidão, mas " sozinhos". Há momentos de solidão que devem ser curtidos dentro do nosso coração, onde ninguém pode entrar a não ser "nós e Deus". É nesta solidão, neste deserto aonde somos levados por Deus porque ele quer "falar ao nosso coração". Por isso, eu mesmo a seduzirei, conduzirei ao deserto e lhe falarei ao coração (Os 2,16).

Também o demônio bate com violência á nossa porta e, aproveitando-se de nossa fragilidade, procura desestabilizar a segurança e a fé. O deserto é terrível sem Deus. O demônio ataca Jesus nos pontos nevrálgicos de sua humanidade: o poder, o ter e independência de Deus.
"Se és filho de Deus...se és filho de Deus...se você me adorar..."
Estas palavras que o diabo dirige a jesus são reiteradas pelo mesmo Jesus com força. Nada aceita Jesus que lhe é proposto pelo diabo, nem transformar as pedras em pão, nem se jogar do alto do templo e nem adorar qualquer ídolo.

Hoje nós vivemos situações semelhantes na nossa vida. Nós nos sentimos tentados fascinados pelo poder, queremos ser mais do que os outros, estimados, reverenciados, donos da verdade. É ponto fraco do ser humano do século XXI. Nós somos tentados constantemente a ter coisas, transformar tudo em dinheiro, em riqueza, em ver ser o ser humano por aquilo que ele possui. Somos tentados na nossa autonomia a sentir-se donos de tudo, "deuses" que não necessitam de Deus.

Frei Patrício Sciadini, ocd.