quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Comunidade religiosa e amadurecimento pessoal



A comunidade religiosa, pelo fato de ser uma "Schola amoris" (escola do amor), que ajuda a crescer no amor para com Deus e para com os irmãos, torna-se também lugar de crescimento humano. O caminho é exigente, pois implica a renúncia de bens certamente muito apreciáveis, mas não e impossível. Isso o demonstra a multidão de santos e santas e as maravilhas figuradas de religiosos e religiosas que mostraram como a consagração a Jesus Cristo "não se opõe ao verdadeiro progresso da pessoa humana, mas por sua natureza lhe é de grandíssima ajuda".
O caminho para a maturidade humana, premissa para uma vida de irradiação evangélica, é um processo que não conhece limites, porque comporta um contínuo "enriquecimento" não somente dos valores espirituais, mas também dos de ordem psicológica, cultural e social.
As grandes mudanças acontecidas na cultura e nos costumes, orientadas mais para as realidades materiais do que para os valores espirituais, exigem especial atenção a algumas áreas nas quais as pessoas hoje parecem particularmente vulneráveis. 

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Do Eu a Nós




O respeito pela pessoa, recomendado pelo Concílio e pelos documentos, teve positiva influência na práxis comunitária.
Contemporaneamente porém, se difundiu com maior ou menor intensidade, segundo as várias regiões do mundo, também o individualismo, sob as mais diversas formas: a necessidade de protagonismo e a insistência exagerada no próprio bem-estar físico, psíquico e profissional; a preferência pelo trabalho independente e pelo trabalho de prestígio e de nome; a prioridade absoluta dada ás próprias aspirações pessoais e ao próprio projeto individual, sem pensar nos outros e sem referências á comunidade.
Por outro lado, é necessário buscar o justo equilíbrio, nem sempre fácil de alcançar, entre o respeito á pessoa e o bem comum, entre as exigências e necessidades de cada um e as da comunidade, entre os carismas pessoais e o projeto apostólico da comunidade. E isso, afastando-se tanto do individualismo desagregante como do comunitarismo nivelante. A comunidade religiosa é o lugar onde se dá a cotidiana e paciente passagem do "eu" ao "nós", do "meu" empenho ao empenho confiado á comunidade, da busca de "minhas coisas" á busca das "coisas de Cristo".
A comunidade religiosa torna-se, então, o lugar onde se aprende cotidianamente a assumir a mentalidade renovada que permite viver a comunhão fraterna através da riqueza dos diversos dons e, ao mesmo tempo, impele esses dons a convergir para a fraternidade e para a co-responsabilidade no projeto apostólico.

A Vida fraterna em comunidade

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Necessidade da cura interior



Dificilmente alguém é tão bem resolvido que não precise passar por um processo de cura.
Na nossa vida, identificamos várias dificuldades que nos apontam para a necessidade de cura, principalmente nos nossos relacionamentos, sejam eles um namoro, o casamento, uma convivência no trabalho, companheirismo de uma comunidade religiosa ou amigos. São bons exemplos que fazem emergir,  "aparecer" nossas dificuldades de forma mais aberta, indicando a necessidade de cura. Quando descobrimos nossos limites com esse convívio, nossa primeira vontade é escapar, fugir; é doloroso, mas também uma oportunidade única de buscar amadurecimento e investir em uma vida mais autêntica.
Podemos também reconhecer a nossa necessidade de cura interior ao avaliarmos a nossa vida, nossos pensamentos, comportamentos e sentimentos, ou a partir do relato de outras pessoas que dizem ter a mesma dificuldade que temos apresentado.
Você poderá identificar a necessidade de cura respondendo alumas perguntas: Como você se relaciona com as pessoas? Você é reconciliado com as pessoas e com a sua história? Ou guarda mágoas? Como é a sua sexualidade? Como são os seus pensamentos a seu respeito? Você acredita em si mesmo? Você confia nas suas capacidades? Você precisa de reconhecimento em tudo que faz? Tem medo de dizer não? Busca a todo custo ser amado? Tem medo de contato social? Você tem projetos para a sua vida? Você tem medo dentro do esperado ou o seu medo o atrapalha? Você vê de forma pessimista tudo que realiza? Ao relembrar fatos da sua história, sofre? Você encontra alegria na sua vida, mesmo sofrendo? Ou sempre está triste, insatisfeito?
Responda estas perguntas e avalie se tem necessidade de cura interior ou não.


Livro: A cura das minhas memorias; pag;104
João Carlos Medeiros
Maria Luiza  da Silva Medeiros