O respeito pela pessoa, recomendado pelo Concílio e pelos documentos, teve positiva influência na práxis comunitária.
Contemporaneamente porém, se difundiu com maior ou menor intensidade, segundo as várias regiões do mundo, também o individualismo, sob as mais diversas formas: a necessidade de protagonismo e a insistência exagerada no próprio bem-estar físico, psíquico e profissional; a preferência pelo trabalho independente e pelo trabalho de prestígio e de nome; a prioridade absoluta dada ás próprias aspirações pessoais e ao próprio projeto individual, sem pensar nos outros e sem referências á comunidade.
Por outro lado, é necessário buscar o justo equilíbrio, nem sempre fácil de alcançar, entre o respeito á pessoa e o bem comum, entre as exigências e necessidades de cada um e as da comunidade, entre os carismas pessoais e o projeto apostólico da comunidade. E isso, afastando-se tanto do individualismo desagregante como do comunitarismo nivelante. A comunidade religiosa é o lugar onde se dá a cotidiana e paciente passagem do "eu" ao "nós", do "meu" empenho ao empenho confiado á comunidade, da busca de "minhas coisas" á busca das "coisas de Cristo".
A comunidade religiosa torna-se, então, o lugar onde se aprende cotidianamente a assumir a mentalidade renovada que permite viver a comunhão fraterna através da riqueza dos diversos dons e, ao mesmo tempo, impele esses dons a convergir para a fraternidade e para a co-responsabilidade no projeto apostólico.
A Vida fraterna em comunidade
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