Encantamento gradual
Temos um contato com uma pessoa que, a
princípio, não nos chama tanta atenção, ou talvez, quem sabe, até se destaque
num aspecto ou outro, mas nada que nos faça vê-lo (a) como companhia para toda
a vida. Conforme vão se passando os dias e meses, a amizade com esta pessoa vai
nos revelando, no cotidiano, mais sobre ela, suas atitudes e qualidades, e
surpreendemo-nos com um olhar de admiração de nossa parte. Queremos vasculhar
seu interior, porque acabamos de encontrar um tesouro, e a nossa curiosidade
ficou aguçada. Pronto! De repente, invade-nos o pensamento; “Bem que eu poderia
namorar com ele (a) ”.
Esse tipo de
admiração provoca em nós um sabor de possibilidade. A boa impressão que tivemos
nesse segundo momento desperta a nossa atenção para fatores que apreciamos, as
que foram percebidos de forma gradual e discreta, para traços dele (a) que nos
agradam, mas só perceptíveis quando olhamos os detalhes, ou para
características próprias de seu interior, portanto invisíveis aos olhos.
Bem menos intenso
que a atração e a paixão, o encanto gradual pode levar a relação de amizade
entre duas pessoas ao âmbito de amor complemento, esponsal, partindo do círculo
de amizades ao universo íntimo. É uma afinidade mais equilibrada e tranquila,
um tipo de relação mais elevada e consciente, uma forma de alcançar o Eros
atravessando a ponte entre a amizade e o “algo mais que o philos”. É processual.
Livro: As cinco fases do Namoro
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