sexta-feira, 17 de maio de 2019

PAIXÃO


                                                                Paixão
    Tudo está bem, até que, um belo dia, avistamos alguém que, simplesmente por existir, nos arrebata o coração. Essa sensação, ao mesmo tempo em que parece elevar o nosso espirito e dar um sentido novo ao mundo, nos dá um nó no peito e sequestra nossa vontade. Algo tira-nos o chão e ficamos sem saber como nos comportar quando estamos perto dele (a). Perdemos o fôlego e, por vezes, temos calafrios ou rubor. Ficamos à mercê de sua aceitação, dependentes, cativados por esse sentimento, mas nos voluntariamos felizes a isso. Chega a doer, de tão prazerosa que é a sensação, e se você se percebe assim, com certeza está apaixonado.
    É uma emoção mais potente que a atração, causa-nos euforia e torna a preocupação com a pessoa amada, na qual pensamos o tempo todo, quase que uma constante. Essas sensações são tão extremas que não são raros os relatos de pessoas que cometem loucuras por causa da paixão que sentem.
    Salvo algum trauma ou seguimento de ideologia contrária à vocação mais nobre do ser humano, que é amar, nós desejamos estar apaixonados, talvez pelo prazer causado pela intensidade desse sentimento. A maioria de nós sonha em encontrar uma cara-metade pela experiência da paixão, e é devido a essa emoção que a maioria dos seres humanos decide iniciar o namoro.
    Das faces da aproximação, a paixão é a mais valorizada nos dias de hoje e, por este motivo, pode também ser prejudicial, pois acabamos esperando demais este sentimento e, consequentemente, da pessoa por quem nos apaixonamos. Toda esta consideração excessiva é um fenômeno recente, dado que antigamente, como vimos no tópico “histórico do namoro”, outros valores eram tidos como mais importantes. Dessa forma, era difícil alguém investir sua vida nesse sentimento passageiro.
    Algumas pessoas pensam que a paixão é diferente do amor, mas isso está errado! A paixão é boa, desde que atribuamos a ela sua devida importância. Paixão é uma forma de amor, necessária, básica, primitiva – pois surge do instinto -, mas um modo de querer bem o outro e grande artifício de união. Portanto, é o amor em suas primeiras instâncias.

Livro: As cinco fases do Namoro

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