Paixão
Tudo está bem, até
que, um belo dia, avistamos alguém que, simplesmente por existir, nos arrebata
o coração. Essa sensação, ao mesmo tempo em que parece elevar o nosso espirito
e dar um sentido novo ao mundo, nos dá um nó no peito e sequestra nossa
vontade. Algo tira-nos o chão e ficamos sem saber como nos comportar quando
estamos perto dele (a). Perdemos o fôlego e, por vezes, temos calafrios ou
rubor. Ficamos à mercê de sua aceitação, dependentes, cativados por esse
sentimento, mas nos voluntariamos felizes a isso. Chega a doer, de tão
prazerosa que é a sensação, e se você se percebe assim, com certeza está
apaixonado.
É uma emoção mais
potente que a atração, causa-nos euforia e torna a preocupação com a pessoa
amada, na qual pensamos o tempo todo, quase que uma constante. Essas sensações
são tão extremas que não são raros os relatos de pessoas que cometem loucuras
por causa da paixão que sentem.
Salvo algum trauma
ou seguimento de ideologia contrária à vocação mais nobre do ser humano, que é
amar, nós desejamos estar apaixonados, talvez pelo prazer causado pela
intensidade desse sentimento. A maioria de nós sonha em encontrar uma
cara-metade pela experiência da paixão, e é devido a essa emoção que a maioria
dos seres humanos decide iniciar o namoro.
Das faces da
aproximação, a paixão é a mais valorizada nos dias de hoje e, por este motivo,
pode também ser prejudicial, pois acabamos esperando demais este sentimento e,
consequentemente, da pessoa por quem nos apaixonamos. Toda esta consideração
excessiva é um fenômeno recente, dado que antigamente, como vimos no tópico
“histórico do namoro”, outros valores eram tidos como mais importantes. Dessa
forma, era difícil alguém investir sua vida nesse sentimento passageiro.
Algumas pessoas
pensam que a paixão é diferente do amor, mas isso está errado! A paixão é boa,
desde que atribuamos a ela sua devida importância. Paixão é uma forma de amor,
necessária, básica, primitiva – pois surge do instinto -, mas um modo de querer
bem o outro e grande artifício de união. Portanto, é o amor em suas primeiras
instâncias.
Livro: As cinco fases do Namoro
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